Prevenção e tratamento evitam incontinência urinária e dor no ato sexual

Escapes de urina, dor na relação sexual e constipação intestinal. Estes são sintomas comuns entre mulheres, especialmente a partir dos 40 anos de idade, em função das mudanças hormonais intensas nesta fase.

Dados de 2020 da Sociedade Brasileira de Urologia mostram que a incontinência urinária atinge 72% das mulheres no mundo, sendo que 20% dos casos são em mulheres adultas e em idosas pode chegar a 50%.

Já com relação ao sexo, uma pesquisa do Programa de Estudos em Sexualidade (ProSex) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) apontou que 18% das mulheres sentem dor na relação sexual. Os dados são de 2019. Apesar de serem comuns entre mulheres, a fisioterapeuta pélvica Laura Brites ressalta que estes sintomas não são normais.

“Não é normal perder xixi, nem que seja uma gota. Algumas mulheres têm escapes quando tossem, espirram ou pulam e a fisioterapia pélvica trabalha justamente na reabilitação dessas disfunções”.

A profissional explica que o assoalho pélvico é o conjunto de músculos que junto a alguns ligamentos, sustentam órgãos pélvicos: bexiga, útero e reto. A saúde miccional é um dos pilares dessa área da fisioterapia, e visa proporcionar autoconhecimento, qualidade de vida e liberdade de escolha.

“Já atendi mulheres que só usavam uma determinada cor de roupa porque tinham escape de urina e nós fomos acostumadas, devido à menstruação, a usar absorvente, só que tudo que não é tratado tende a piorar. Então, aquele escape que antes ela conseguia esconder com o absorvente íntimo vai passando para o de tamanho normal, depois com o passar dos anos, passa a usar fralda”, relata a fisioterapeuta pélvica Laura Brites.

De acordo com ela, essa situação prejudica a saúde íntima da vagina, pois facilita a proliferação de fungos e o surgimento de infecções. “Quando eu falo em liberdade de escolha é porque as pacientes voltam a usar a roupa que quiserem, voltam a frequentar ambientes que elas pararam por receio de outras pessoas notarem o escape de urina ou sentirem o cheiro, ou por não ter banheiro perto”.

Outra frente de prevenção e tratamento da fisioterapia pélvica é a saúde defecatória. “A maioria das mulheres apresentam uma constipação crônica, e acabam fazendo muita força na hora de evacuar, o que prejudica o assoalho pélvico”.

A dor no ato sexual também não pode ser normalizada, como explica a fisioterapeuta. Sentir dores pélvicas não é normal, inclusive quando se tem relação sexual. Acabo atendendo, majoritariamente, mulheres acima dos 40 anos de idade, embora também atenda algumas mais novas. Nós, mulheres, temos vários desafios em cada fase da nossa vida, e quando fazemos 40 anos entramos no climatério e começa toda aquela oscilação hormonal”, frisa Laura Brites. Nesta etapa, o desejo sexual é afetado, assim como a lubrificação na região íntima, por isso o trabalho preventivo é fundamental.

PREDISPOSIÇÃO FEMININA

Mas, caso já haja o prolapso (disfunção), que é quando os órgãos pélvicos saem do lugar, os exercícios focam no tratamento dos sintomas apresentados pela mulher para que ela tenha qualidade de vida.

“Eu digo que o principal benefício da fisioterapia pélvica é o start no amor próprio, o autoconhecimento, a educação em saúde. A prevenção é muito importante, não devemos esperar o problema chegar para tratar. Nós somos mulheres e só isso já nos predispõe a apresentar, no futuro, alguma disfunção pélvica. Porque nossa anatomia é diferente da masculina, a nossa bacia é mais aberta. Então com o envelhecimento, temos predisposição a apresentar disfunções pélvicas como a incontinência urinária. As sessões trabalham a melhora da função da musculatura pélvica”.

A fisioterapeuta pélvica lembra ainda que o músculo do assoalho pélvico também é responsável pela manutenção da postura. “Nosso corpo é todo interligado. Só para ter uma ideia, esse músculo fica na parte de baixo da bacia, internamente, como se fosse um assoalho mesmo, ou seja, ele sustenta o útero, a bexiga e a porção final do intestino. Toda mulher, ao menos uma vez, deveria fazer uma sessão de fisioterapia pélvica para entender a dimensão da importância, porque são benefícios que ela vai levar para o resto da vida”, sugere Laura Brites.

Cuide de você, da sua saúde íntima!!!  

Faça fisioterapia pélvica e tenha liberdade de escolhas e qualidade de vida!!!

Estou à disposição.

Laura Brites
Crefito 9/75255-F
(65) 99236-3414 

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